segunda-feira, 19 de março de 2012

PAISAGEM ESPECIAL

QUE MARAVILHA!!! SOMENTE DEUS PODERIA CRIAR UMA BELEZA ASSIM,  É COLÍRIO PRA OS OLHOS. SENHOR, TU ÉS TREMENDAMENTE  GLORIOSO, O FIRMAMENTO DECLARAM AS TUAS OBRAS.


AS OBRAS DE DEUS NA CRIAÇÃO

                                     
OLHE O MAR, OS PEIXINHOS E A MONTANHA. DEUS FEZ TUDO COM PODER E SABEDORIA.
                                                I N T R O D U Ç Ã O

A relação do ser humana com a natureza é um tema que tem sido amplamente discutido em todos os seguimentos da sociedade. Basta ligar a televisão ou folhear um jornal e encontramos diversas chamadas para a discussão desse tema. A igreja não pode se omitir nessa discussão, como se não tivesse nada a dizer sobre o assunto. Pelo contrário, ela deve se manifestar, apontando biblicamente a correta relação do ser humano com a criação de Deus. Os primeiro capítulos de Gêneses têm muito a nos dizer sobre isso.


l. CRIAÇÃO DE TUDO A PARTIR DO NADA
   O jardim de Deus começou a ser criado quando aprouve ao Senhor criar o mundo. A doutrina bíblica da criação tem muito a nos ensinar sobre Deus e nosso relacionamento com ele. Quando a teologia cristã se refere à criação, ela aponta para o ato de Deus pelo qual, por sua vontade soberana, ele trouxe o mundo da não existência para uma existência que é distinta da sua própria existência com Deus. O relato bíblico da criação nos ensina que:


  a) TODAS AS COISAS SÃO DEPENDENTES DE DEUS.       
A doutrina da criação a partir do nada ensina a absoluta soberania de Deus e a total dependência humana. Deus é o Todo-Poderoso, aquele que é infinitamente mais exaltado que todas as criaturas e que trata suas criaturas de acordo com sua vontade soberana. Ele é o proprietário absoluto de tudo, o Senhor do céu e da terra (Gn 14:19-22), que faz tudo o que lhe agrada e cujo poder não tem limite. Ele fala e as coisas acontecem (Gn 1:3; Sl 33:9; Is 48:13; Rm 4:17).
      Além disso, todas as coisas, na Escritura, são repetidamente descritas como tendo sido feitas por Deus e como sendo absolutamente dependente dele. Ele criou todas as coisas: o céu, a terra, o mar e tudo o que está neles e acima deles (Ex 20:11; Ne 9:6; etc) "Nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis. Nele tudo subsiste" (Cl 1:16,17). Tudo existe somente por sua vontade(Ap 4:11) e é dele, por ele e para ele(Rm 11:36).
    Em nenhum momento ou lugar existe a mais leve referência a uma matéria eterna, que existisse sem que tivesse sido criada por Deus. Somente Deus é eterno e imperecível. Somente ele está acima do processo de transformação e mudança. As coisas, ao contrário, têm começo e fim e estão sujeitas a mudanças. Na escritura isso é expresso em linguagem antropomórfica. Deus existia antes que as montanhas fossem formadas e seus anos não têm fim, salmos 90:2 diz: "Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus" Prov. 8: 25 e 26 confirma: "Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo". Deus escolheu e amou os desde a fundação do mundo. Ef. 1:4 que diz: "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor". Mais textos bíblicos vale apenas ler: (joão 17:24; Mt 13:35; 25:34; Lc 11:50; Hb 4:3; lPe 1:20. E, embora Romanos 4: 17 não faça menção expressa à criação, ensina que Deus chama à existência as coisas que não existem. Hebreus 11:3 anuncia ainda mais claramente que Deus fez o mundo de forma que aquilo que é visto foi feito daquilo que não aparece diante de nossos olhos. O mundo visível não procedeu daquilo que é visível, mas repousa em Deus, que chama todas as coisas à existência por sua Palavra. Por isso todas as coisas são absolutamente dependente de Deus.
   
b) DEUS E O MUNDO SÃO DIFERENTES.
  
    O ensino da criação a partir do nada afirma que existe uma distinção, em essência, entre Deus e o mundo. Quando a Escritura ensina que Deus criou todas as coisas a partir do nada, ela exclui uma causa material para o mundo. O mundo não se originou a partir de matéria já existente, mas da vontade de Deus. A Escritura ensina claramente que Deus e o mungo não são a mesma coisa. Deus é o criador, o mundo é criatura. Isso nos permite admirar e amar a natureza sem, contudo, divinizá-la. A natureza pode e deve ser amada, preservada e admirada, mas jamais deve ser adorada. A doutrina da criação nos coloca em uma relação correta com a natureza porque coloca a natureza em relação correta com Deus. além disso, a grande diversidade apresentada no relato de Gênesis deve ser levada em conta quando observamos a natureza. Desde o início o céu e a terra são distintos. Tudo foi criado com uma natureza própria. Há a mais variada diversidade e, apesar disso, nessa diversidade, há também um tipo forte de unidade. O fundamento tanto de diversidade quanto de unidade está em Deus. Foi ele que criou todas as coisas de acordo com sua sabedoria insondável, que continuamente as sustenta em suas naturezas distintas, que as dirige e governa, mantendo-as com suas energias e leis naturais, como o bem supremo e objetivo máximo de todas as coisas. Aqui há uma unidade que não destrói, mas mantém a diversidade, e uma diversidade que não elimina a unidade. Muitos críticos da fé cristã atribuem a Bíblia a caótica situação da natureza no mundo em que vivemos. Eles dizem que a Bíblia ensina que o homem é o grande governante de todas as outras criaturas e pode fazer com elas o que quiser. Isso teria dado origem à exploração predatória da natureza pelo ser humano. Essa exploração indiscriminada exibe seu desenvolvimento máximo em nossos dias, tendo como conseqüência o efeito estufa, o degelo dos pólos e as mudanças climáticas, colocando em risco todos os seres vivos, inclusive o próprio ser humana. Mas será que o ensino bíblico é culpado de tudo isso? Deus teria nos ensinada, em sua Palavra, que, por termos sido feitos à sua imagem e semelhança, temos o direito de usar a criação como acharmos melhor, podendo chegar até mesmo a destruí-la, causando a extinção de animais e plantas criados por ele mesmo? Uma rápida passada de olhos pelo de Gênesis 2 é suficiente para nos mostrar quanto a alegação desses críticos está distante da verdade. Gênesis 2:15 nos dia que "Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar". Ora, a vontade clara de Deus era que o ser humano assumisse a responsabilidade de preservar aquilo que havia sido criado. Assim o homem não foi colocado no jardim para destruí-lo. Com isso ele seria um agente da ação preservadora de Deus sobre sua própria criação. Como conseqüência do pecado, o homem foi gradualmente se afastando de sua responsabilidade em relação à criação e passou a explorá-la de forma predatória e pecaminosa, destruindo-a, colocando em extinção animais e plantas que o Senhor havia criado para a glória dele. Aforma como a natureza vem sendo destruída, as conseqüências desastrosas do efeito estufa e a permanente ameaça de extinção de plantas e animais são um atentado contra a revelação geral de Deus, e mostram o desleixo com que temos cumprido nossa responsabilidade de cultivar e guardar o jardim que Deus nos deu. A igreja tem a responsabilidade na preservação da natureza. Essa responsabilidade foi dada pelo próprio Deus (Gn 2.15). Portanto, de acordo com o relato bíblico, que é nossa regra de fé e prática, a igreja temo dever de preservar a criação e peca quando deixar de fazer isso. Ao contrário da filosofia grega, que diz que a matéria é má e só a alma tem valor, a Escritura sempre ensinou que a criação é boa e foi criada por Deus. Aliás, somos ensinados também que a criação reflete a glória, a sabedoria e o poder do Criador. O salmista afirma que "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos"(sl 19:1) e ainda: "Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que deles te lembes? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste"(Sl 8:3-5).
      Portanto, a poluição e a degradação ambientais devem ser combatidas pela igreja de Cristo, uma vez que estas destroem a criação de Deus, que dever ser preservada; e, mancham a manifestação da glória, da sabedoria e do poder de Deus, que se revelam por meio da obra da criação. 
      A igreja tem o dever de levantar sua voz para impedir, por todos os meios legais de que dispõe, a destruição das florestas, a contaminação dos rios e nascentes, a poluição do ar e todas as outras atividades prejudiciais à preservação da natureza. É realmente lamentável vermos que organizações que nada têm a ver com a igreja se levantam todos os dias em favor da preservação da natureza enquanto a igreja, que tem essa responsabilidade, fica calada. Essa omissão é pecaminosa.
     Embora seja bom vermos várias ONGs que cuidam da preservação da natureza e lutam em defesa da criação de Deus, não podemos esquecer que esse é, acima de tudo, um dever da igreja de Cristo. A Bíblia nos ensina que cultivar a criação é um dever que pesa sobre todo o ser humano (Adão representava toda a raça humana). mas nem todos os seres humanos sabem disso. Nós sabemos e precisamos agir como quem sabe que tem um dever a cumprir, Palestras que ensinam como preservar o meio ambiente e ações práticas nesse sentido, como coleta seletiva de lixo, uso racional da água, combate à poluição sonora e visual, e campanhas em favor da preservação da fauna e da flora devem fazer parte da vida da igreja. Além disso, é importante observar que, quando se fala em poluição, logo pensamos na poluição pública, mas há outro tido de poluição que também precisa ser evitada: a poluição particular. Um quintal cheio de lixo é uma forma de desleixo pelo jardim que nos foi confiado.  A poluição e a degradação ambientais sempre serão pecados porque destroem e contaminam a boa criação de Deus. A igreja precisa assumir a vanguarda de projetos de reciclagem, saneamento e preservação de florestas e demais reservas naturais. Não podemos esperar que o último peixe morra para tomarmos essa iniciativa.
        O domínio do ser humana sobre os animais é expresso claramente em dois textos da Escritura: "Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste; ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; e as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as senda dos mares"(Sl 8:6-8). "E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, e enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gn1:28). Tanto no Salmo 8 quanto em Gênesis 1 os seres humanos são responsáveis diante de Deus, em relação a quem temos de agir como "subadministradores". Todos que levam esse ensino da Escritura a sério são chamados a reconhecer sua culpabilidade, tanto pessoal quanto corporativa, pelo mal uso da criação de Deus. Na Criação o poder concedido ao homem de "dar nome" expressa o exercício desse domínio sobre os animais.



        EXTRAÍDO DE LIÇÃO ESCOLA DOMINICAL - EDITORA CULTURA CRISTà
www.cep.org.br    postado: JDCavalcante